domingo, septiembre 8

Banco Popular da China corta taxas de juros para impulsionar economia

O Banco Popular da China (PBOC) surpreendeu o mercado ao reduzir as taxas de juros entre 2,5% e 2,3%, além de injetar mais de 23 bilhões de euros no sistema bancário. A ação reflete o esforço do governo de Xi Jinping em estabilizar uma economia atingida pela fraca demanda doméstica e pela crise no setor imobiliário, fatores que afetam negativamente o crescimento do PIB do país.

A decisão surpreendeu os investidores, principalmente porque foi tomada fora dos ciclos usuais de revisão de taxas, logo após a terceira sessão plenária do Partido Comunista Chinês, onde foram definidas estratégias econômicas para os próximos cinco anos. Xi busca transformar a China em uma potência tecnológica capaz de competir com os Estados Unidos.

A última vez que o PBOC tomou tal medida foi no início de 2020, durante o início da pandemia de Covid-19. Os economistas da Bloomberg Chang Shu e David Qu comentaram que o corte de taxa é um passo em direção à flexibilização dos empréstimos de médio prazo, indicando que as autoridades estão começando a agir para estimular a recuperação econômica.

A China enfrentou uma desaceleração significativa no segundo trimestre, com crescimento do PIB de 4,7%, abaixo dos 5,1% esperados pelos analistas. Esse declínio se deve à cautela do consumidor, pois, apesar do apoio estatal, as empresas de tecnologia não estão compensando a crise no setor imobiliário.

Especialistas da Bloomberg disseram que a ajuda coordenada poderia aumentar a confiança e tornar as políticas econômicas mais eficazes, desde que o governo cumpra suas promessas de apoiar o setor privado. No entanto, alguns analistas dizem que essas medidas não são suficientes para reavivar o crescimento.

Por fim, há aqueles que sugerem que a cautela das autoridades chinesas pode estar ligada à eleição nos EUA, especialmente devido às tensões comerciais que podem aumentar se Donald Trump retornar à Casa Branca.

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