Na sexta-feira, uma falha na atualização de software da empresa de segurança cibernética CrowdStrike provocou uma interrupção global de sistemas, impactando empresas, bancos e aeroportos no Brasil.
A assessoria de imprensa da Presidência confirmou que a plataforma Gov.br, utilizada por milhões para diversos serviços, não foi afetada. O Centro Integrado de Cibersegurança do Governo Digital (CISC) está monitorando a situação.
Os sistemas do Supremo Tribunal também enfrentaram interrupções na manhã de sexta-feira, mas a maioria dos serviços foi restaurada rapidamente.
A companhia aérea Azul informou que o problema impactou diretamente seu sistema de reservas e operações globais, o que pode resultar em atrasos. A empresa recomendou que passageiros com voos no dia chegassem cedo ao aeroporto e se dirigissem ao balcão de atendimento.
No aeroporto de Viracopos, em Campinas, pelo menos cinco atrasos foram reportados, e a empresa que administra o local informou sobre 15 chegadas e 24 partidas atrasadas até as 11h30.
A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) está monitorando a situação e em contato com as companhias aéreas para minimizar os impactos. A Anac destacou que atrasos superiores a 30 minutos e cancelamentos geram responsabilidades para as empresas aéreas.
As companhias Gol e Latam não relataram impactos em suas operações.
Além disso, alguns aplicativos bancários também sofreram consequências. O Bradesco informou que, devido a um “apagão cibernético global”, seus canais digitais estavam indisponíveis. A plataforma de investimentos Rico também mencionou possíveis instabilidades em suas funcionalidades.
CrowdStrike reconheceu que a falha em uma atualização do Windows causou a interrupção, afetando hospitais, bancos e empresas ao redor do mundo. Este incidente ressalta a dependência crítica da economia global em relação a softwares específicos e como falhas podem gerar um efeito dominó.