sábado, julio 27

Governo lança linha de crédito de R$ 10 bi para empresas

O governo lançará na próxima semana uma linha de crédito de mais de R$ 10 bilhões para empresas de maior porte afetadas pelo atual Rio Grande do Sul, com faturamento anual superior a R$ 4,8 bilhões. O crédito poderá ser útil para empresas de todos os setores: indústria, agronegócio e comércio.

As maiores empresas, principalmente do setor, afirmam que ainda não foram consideradas neste momento e planejam anunciar o pacote de ajuda do governo federal.

A linha será administrada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), que também poderá revisar os recursos de todos os bancos que oferecerem crédito diretamente às empresas gaúchas.

Com financiamento do governo federal, os empréstimos ficam mais baratos e com taxas menores, mas não terão garantia da União como acontecia com empresas menores por meio de fundos garantidores.

Para a nova linha de crédito, o Ministério das Finanças identificou que não haverá necessidade de garantias devido ao perfil das empresas e à sua relação mais próxima com os bancos.

Como as instituições financeiras privadas são contatadas por representantes da equipe econômica e indicarão que também participarão da oferta de crédito, em segundo lugar, informarão a população do governo sobre as negociações.

Um membro da equipe econômica afirmou em relatório que as alíquotas de impostos sobre empréstimos à indústria seriam “sem precedentes”.

O anúncio deve ser feito na próxima segunda-feira (27) e marca a conclusão da primeira leva de medidas do governo federal de auxílio ao estado. Novas medidas poderão ser adotadas, bem como identificar a necessidade de mais apoio para áreas específicas.

O Rio Grande do Sul ainda sofre com as enchentes e não há uma dimensão clara dos estragos da tragédia para famílias, empresas e infraestrutura estatal.

O governo diz que na próxima segunda feira as primeiras linhas de crédito, anunciadas para micro, pequenas e médias empresas e agricultores, deixarão de estar disponíveis para os bancos.

Desde a eclosão da tragédia e o anúncio das medidas de crédito, a Fazenda tem que lidar com os procedimentos necessários para a liberação das garantias. O esforço, no apoio aos auxiliares ministeriais, tem sido reduzir ao mínimo a burocracia para agilizar as medidas, como a cobrança do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nossos cálculos da equipe do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o valor das garantias das linhas que entrarem em operação na segunda feira ficará em torno de R$ 7,5 bilhões. Conseguiram captar cerca de R$ 52 bilhões em novos financiamentos com impostos legais subsidiados que, em alguns casos, chegam a zero, como é o caso dos empréstimos aos agricultores do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar).

O diagnóstico da Fazenda é que a sequência de medidas para o Rio Grande tem sido muito focada nos problemas, sem espaço para que propostas de alívio “maluca”, desprovidas de cuidados fiscais, acabem sendo aprovadas.

Conforme o anúncio do auxílio à reconstrução de R$ 5,1 mil para as famílias, equipamentos econômicos conseguiram barrar a criação de um auxílio emergencial mensal, benefício que na visão da Fazenda poderia acabar se tornando permanente por tempo indeterminado, com muita dificuldade no futuro será retirado.

A primeira onda de ajuda ao Rio Grande do Sul incluiu ações de redução de financiamento para pequenas empresas e produtores rurais, pagamento de parcelas extras do seguro-desemprego, adiantamento de benefícios sociais e suspensão temporária da arrecadação de impostos das empresas atingidas, auxílio aos municípios e manutenção de pagamentos parcelados com a União do governo gaúcho por três anos.

Linha do tempo

02/05
Três dias após o início de duas temporadas que provocaram uma série de mortes, Lula foi à cidade de Santa Maria acompanhar os trabalhos de apoio às vítimas. Ele foi recebido pelo governador Eduardo Leite e diz que não faltarão recursos, mas não detalha o auxílio financeiro.

05/05
Lula desembarca no RS ao lado dos presidentes Arthur Lira (Câmara), Rodrigo Pacheco (Senado) e Bruno Dantas (Tribunal de Contas da União) e de vários ministros, incluindo Fernando Haddad (Fazenda). O presidente promete desfazer a burocracia.

06/05
Lula se reúne com Lira e Pacheco e anuncia projeto de decreto legislativo para reconstituir o estado de calamidade pública em parte do território nacional, em resposta à tragédia climática no Rio Grande do Sul para facilitar o envio de recursos ao estado. Na noite do mesmo dia, o plenário da Câmara aprovará o projeto.

07/05
É publicado em edição extra do Diário Oficial ou decreto legislativo que reconhece o estado de calamidade. O projeto foi aprovado pelo plenário do Senado horas antes em votação simbólica.

05/09
Foi anunciado um pacote de ajuda ao Rio Grande do Sul com impacto potencial de R$ 50,95 bilhões na economia gaúcha. Estas medidas procuram ajudar o estado enchentes. A maior parte destes recursos foi reservada para fornecer financiamento barato às empresas e produtores rurais. financiamento para empresas e produtores rurais

13/05
Foi anunciada uma proposta para suspender a divisão do Rio Grande do Sul e da União por três anos. Nesse período, os impostos de juros cobrados sobre as ações cairão a zero. Como deverá proporcionar alívio de R$ 11 bilhões ao governo gaúcho para ajudar na reconstrução do estado

14/05
Câmara aprova projeto para suspender divisão do Rio Grande do Sul por três anos

15/05
O Senado concluiu a votação do projeto que suspende a divisão gaúcha e Lula anuncia vale de R$ 5,1 mil, via Pix, às famílias atingidas pela tragédia. Vale de R$ 5,1 mil, via Pix, para famílias atingidas pela tragédia.

17/05
O governo anunciou na sexta-feira (17) o adiantamento de R$ 192 milhões em terras do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) para os municípios gaúchos declarados em situação de calamidade.

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