sábado, julio 27

Terapia do luto – Jornal de Brasília

O luto é um dia universal e profundo que afeta pessoas em todas as culturas e contextos sociais. Na psicologia, é estudado como um processo complexo que envolve uma série de respostas emocionais, cognitivas e comportamentais à perda de algo significativo, seja a morte de um ente querido, o fim de um relacionamento ou a perda de aspectos fundamentais. da vida, como a saúde física, a segurança financeira ou mesmo a casa, como a tragédia do Rio Grande do Sul.

Assim, o luto revela-se como uma reação natural à perda, expressa de diversas formas, variando de indivíduo para indivíduo. Considerado um processo adaptativo para a psicologia, o luto auxilia no óleo da realidade da perda, passando por etapas e reações emocionais cruciais para o ajustamento psicológico e emocional de quem vivencia essa experiência.

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Por se tratar de uma experiência altamente individualizada, alguns modelos teóricos revelam etapas comuns durante o processo de luto. Um desses modelos, amplamente conhecido, foi proposto por Elisabeth Kübler-Ross em “Sobre a Morte e o Morrer” (1969), identificando cinco etapas principais:

  1. Negação: Dificuldade em vivenciar a realidade perdida, com sentimentos de atordoamento ou desorientação.
  2. Raiva: Surgem sentimentos de frustração, irritação e raiva em relação à situação ou à pessoa perdida.
  3. Negociação: tentativa de negociação mental com a situação, procurando maneiras de reverter ou lidar com uma perda.
  4. Depressão: O peso emocional da perda torna-se mais evidente, resultando em profunda tristeza e desesperança.
  5. Óleo: Você começa a se ajustar à realidade da perda, encontrando maneiras de se adaptar a ela.

Como o modelo Kübler-Ross é amplamente difundido, é importante ressaltar que não é o único modelo padrão em psicologia.

Na psicologia clínica, o luto é frequentemente abordado por terapias que visam facilitar o ajustamento emocional e psicológico à perda. As intervenções comuns incluem:

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  • Terapia do luto: Ajuda os indivíduos a processar seus sentimentos de perda, explorar suas reações emocionais e aprender a lidar com a dor de maneira segura.
  • Terapia cognitivo-comportamental (TCC): concentrar-se na identificação e modificação de padrões de pensamento negativos ou distorcidos associados ao luto.
  • Grupos de apoio: Participar desses grupos com outras pessoas que compartilham experiências semelhantes oferece conforto emocional e estratégias de enfrentamento.

Expressar-se emocionalmente é essencial no processo de luto, pois a repressão emocional pode levar a complicações psicológicas no futuro. Além disso, o luto é influenciado por fatores culturais e contextuais, moldando a experiência individual de perda e luto.

Em suma, o luto é uma jornada profundamente humana, que exige compreensão e tratamento adequados para promover o bem-estar emocional e psicológico. Com apoio terapêutico, expressão emocional e adaptação gradual, os enlutados podem encontrar caminhos para a cura e a resiliência emocional.

Como disse o psicólogo especialista em luto, Carlos Aragão: “O tempo ajuda quem se ajuda”. Assim, é importante não apenas dar tempo ao tempo, mas também cuidar de si mesmo, mantendo rotinas e respeitando o próprio tempo, sem perder de vista a vida.

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